Eduarda Chacon, advogada do BFBM, conta sobre suas participações como membro da ITechLaw

A advogada associada Eduarda Chacon participou, no dia 14 de setembro, do webinário sobre liderança promovido pela ITechLaw, uma organização internacional sem fins lucrativos, criada para informar e educar advogados sobre questões jurídicas decorrentes da evolução, produção, marketing, aquisição e uso de tecnologia da informação e comunicação.

Desde julho deste ano, a advogada assumiu a posição de vice-Chair do Comitê de Disputa e Resolução, sendo a única sul-americana do grupo. Eduarda explicou como funciona sua participação na Instituição e no Comitê, em entrevista.

Confira:

Como aconteceu o convite para fazer parte do Comitê de Disputa e Resolução da ITechLaw?

Sou membro do ItechLaw, International Technology Association desde o ano passado. Participo de alguns comitês (mulheres advogadas, proteção de dados, cibersegurança e disputa e resoluções) para me manter informada dos principais debates em direito digital no cenário global.

Em julho deste ano fui convidada pela administração da associação para integrar a liderança do Comitê de Disputa e Resolução como vice-Chair, juntamente com Clara-Ann Gordon, advogada sócia do escritório Niederer Kraft Frey em Zurique, Suíça (co-Chair); Thomas Thalhofer, sócio no escritório Noerr LLP, em Munique, Alemanha (co-Chair); e David McIlwaine, sócio no escritório Pinsent Masons LLP, em Londres, Inglaterra (vice-Chair). O mandado tem validade de 1 ano, podendo ser prorrogado anualmente.

Qual a sua função no Comitê e na Instituição?

Como membro da associação, meu papel é ser participativa, informar nos comitês dos quais participo sobre situações de direito e tecnologia relevantes, divulgar eventos, tentar participar o máximo possível internamente, compartilhar artigos e escritos técnicos, etc.

Como vice-Chair do Comitê de Disputa e Resolução tenho mais obrigações, que visam engajar ao máximo os membros do meu comitê. Preciso, juntamente aos demais líderes, promover webinários, participar de meetings, comparecer a pelo menos duas conferências internacionais, produzir relatórios quadrimestrais, estipular as metas para o exercício seguinte, etc.

Quais serão os próximos eventos do Comitê de Disputa e Resolução que você irá participar?

Do dia 17 a 19 de outubro, acontecerá a “Conferência Europeia” em Milão, na Itália. O Comitê de Disputa e Resolução é responsável por dois workshops, um será presidido pelo Thomas Thalhofer e o outro por mim. Os temas abordados serão tópicos de vanguarda na área de Resolução de Disputas de TI, como o direito ao esquecimento, US Cloud Act, estratégias de ADR (resolução alternativa de disputas), litígios de à luz do GDPR, etc. O formato será interativo: o público será convidado a dar opiniões (flash-talks), desafiado pelos moderadores ou outros participantes do workshop.

Também no dia 17 de outubro haverá um meeting do nosso comitê aberto ao público, onde conversaremos sobre nossas metas para 2018/2019 e sobre os assuntos mais desafiadores do momento no âmbito das disputas e resoluções em Direito e Tecnologia.

Como está sendo a experiência de trabalhar na ITechLaw?

É um desafio por muitas razões. Uma delas é minha posição de recém-ingressa na associação quando os demais líderes do meu comitê, por exemplo, estão lá há 20 anos. Além disso, todos os eventos, conversas, cursos e interações são 100% em inglês, então, tem sido uma oportunidade de praticar e desenvolver melhor meu vocabulário.

Mas, penso que a experiência real começará na conferência de Milão. Será a primeira vez que apresentarei um workshop e estarei fora do Brasil, falando em inglês e diante de uma comunidade altamente especializada.

Como esse novo trabalho irá impactar na sua carreira?

Parece que todos os passos e decisões que tomei na minha vida profissional e acadêmica me conduziram até aqui. Espero construir um bom networking, quem sabe angariar parcerias internacionais para o escritório e me inserir neste grupo altamente qualificado que não apenas debate as questões de Direito e Tecnologia como, na prática, está construindo o futuro dessas matéria “on-the-go”.

Claro que nada disso seria possível sem o apoio incondicional dos sócios Felipe Monnerat, Eduardo Mendonça e do escritório como um todo. O BFBM não apenas me incentivou, como se dispôs a me deixar participar, confiando na minha capacidade de conciliar minhas responsabilidades aqui com meu crescimento profissional e pessoal. Sendo a ITechLaw uma plataforma altamente profissionalizada e técnica, todos os participantes têm os nomes de seus escritórios diretamente associados aos seus próprios nomes. Eu estou na ITechLaw em meu nome, sem dúvida, mas também em nome do BFBM. E isso me incentiva duplamente a dar o meu melhor.

Saiba mais sobre o comitê e a ITechLaw em:
https://www.itechlaw.org/committees/dispute-resolution-committee